sábado, 12 de dezembro de 2009

Projeto final Herminio

Universidade Federal DE CAMPINA GRANDE
Centro de EDUCAÇÃO E SAÚDE
CURSO DE matemática





trabalho apresentado ao
professor jesiel




CUITÉ - PB
2009

Herminio januario da cruz neto


Projeto apresentado ao curso de matemática, em cumprimento às exigências para obtenção de nota para conclusão de curso.
 

este trabalho é dedica do a
todos os meus amigos claro a minha
namorada Lucina e a Deus por ter paciência comigo


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................9
1 REFERENCIAL TEÓRICO .........................................12
1.1 O CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DO SURDO .................12
1.2 EDUCAÇÃO DO SURDO NO BRASIL:...............................13
1.3 EXPECTATIVAS DA FAMÍLIA QUANTO A INCLUSÃO DO DEFICIENTE
AUDITIVO ......................................................16
1.4 O PAPEL DOS PROFISSIONAIS NO ÂMBITO DA INCLUSÃO: .........17
2 METODOLOGIA..................................................19
2.1 TIPO DE ESTUDO E ABORDAGEM DE PESQUISA ....................19
2.2 SUJEITOS DA PESQUISA...........................................19
2.3 LOCAL DA PESQUISA .......................................19
2.4 INSTRUMENTO.............................................19
2.5 TRATAMENTO..............................................20
2.6 ETAPAS DA PESQUISA........................................20
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS..............................21
CONCLUSÃO ..................................................25
BIBLIOGRAFIA ...............................................27

INTRODUÇÃO
A inclusão dos indivíduos portadores de necessidades educativas
especiais atualmente, no Brasil, é um desafio. Neste grupo enquadram-se os
sujeitos surdos. Muitas inquietações surgem, dentro deste campo de pesquisa.
Várias são as dificuldades ou problemas que entravam o processo que tenta facilitar
a inclusão dos deficientes auditivos do ponto de vista social. Neste ponto, destacam soemo variáveis a falta de comunicação oral, que prejudica sensivelmente o
aprendizado, como também a aplicação de metodologias não contextualizadas com
a realidade sócio-cultural do aluno. Não se pode desprezar a falta de preparo da
maioria dos educadores que atuam nessa área.
Do ponto de vista social, as dificuldades se dão em função do
despreparo dos educadores atuantes em classes de ensino regular.
Grande parcela da população de pessoas com necessidades especiais
vivem ainda no contexto da segregação. As barreiras humanas e sociais impõem lhes
restrições ao exercício da cidadania plena, de uma vida digna, participativa.
Esta realidade social demanda de esforços do poder público, das associações e da
coletividade de forma igualitária e democrática.
O reconhecimento de uma sociedade, cuja base está assentada no
multiculturalismo, exige que suas instâncias sejam capazes de identificar a
diversidade do seu contexto e de dar respostas aos diferentes interesses, desejos e
necessidades de seus sujeitos.
No espaço educacional, verifica-se que essa diversidade, se constitui
em texto escolar e o não reconhecimento dela, tem levado a reforçar a exclusão
social de todos os que, por alguma razão, não conseguem se beneficiar do processo
educacional.
Verifica-se, no sistema escolar, que um mundo cada vez maior de
alunos, quando não são bem sucedidos na escola, são erroneamente rotulados,
classificados como "Deficientes" e encaminhados à classes ou escolas especiais
ou, então, engrossam as estatísticas que expressam os baixos níveis de rendimento
escolar.
Deste modo, evidencia-se a questão da diversidade educacional, que
coloca o problema das dificuldades escolares, no âmbito da crítica de uma cultura
homogênea, única e global. O que se procura destacar nessa discussão, é que por
trás dessa visão cultural homogênea na verdade ocorre uma diversidade de
manifestações no processo escolar, determinadas por diferenças de classes, raças,
cultura, estilos de aprendizagem, comportamentos sociais, emocionais etc.
Nesse sentido, a cultura escolar pouco ou em nada ainda contribuirá
para o rompimento dessa "pseudo cultura homogênea", mas simplesmente contribui,tanto em relação aos conteúdos estudados quanto com relação a organização dessesociedade em geral, no sentido de promover melhoria de vida de toda uma

tanto em relação aos conteúdos estudados quanto com relação a organização lesa-sociedade em geral, no sentido de promover melhoria de vida de toda uma
ou, então, engrossam as estatísticas que expressam os baixos níveis de rendimento
escolar.
Deste modo, evidencia-se a questão da diversidade educacional, que
coloca o problema das dificuldades escolares, no âmbito da crítica de uma cultura
homogênea, única e global. O que se procura destacar nessa discussão, é que por
trás dessa visão cultural homogênea na verdade ocorre uma diversidade de
manifestações no processo escolar, determinadas por diferenças de classes, raças,
cultura, estilos de aprendizagem, comportamentos sociais, emocionais etc.
Nesse sentido, a cultura escolar pouco ou em nada ainda contribuirá
para o rompimento dessa "pseudo cultura homogênea", mas simplesmente contribui,
tanto em relação aos conteúdos estudados quanto com relação a organização desse


conhecimento e de trabalho pedagógico, para o acobertamento dessas diferenças
que compõem de fato o espectro da sociedade.
Dentro do processo de exclusão social e escolar, resultante dessa
"pseudo homogeneidade", está a população com necessidades especiais,
caracterizada como aquela que possui evidentes traços que a colocam em situação
diferente da população em geral. Porém esses traços não são os maiores
determinantes de seu sucesso ou fracasso escolar, mas sim a qualidade do trabalho
pedagógico com ela realizado.
Durante muito tempo, essa população, foi vista pelas suas deficiências,
relegando o trabalho educacional para essas pessoas em ambientes restritos,
julgando que o isolamento resultaria na eficácia do atendimento pedagógico. Esse direcionamento, tão somente leva a não perceber de suas reais necessidades,
ignorando os seus interesses, anseios, excluindo-os de um projeto de cidadania.
Na prática, percebem-se cada vez mais as possibilidades desse
segmento social, e a necessidade de um redirecionamento que favoreça o seu
desenvolvimento global, o seu preparo para o trabalho e sua inserção social.
Essa percepção vem sendo respaldada por preceitos teóricos, de
acordo com a Constituição Federal (1988), a Declaração de Educação para Todos
(1990), Declaração de Sala manca- Necessidades especiais em sala de aula (1994),
LDB nº 9394/96, e Decretos e Legislações suplementares em nível estadual e
municipal.
Nesse sentido, a garantia do cumprimento das normativas contidas
nesses documentos passa pela política de formação do professor e a existência de
um projeto político pedagógico que conheça tais diferenças e garanta a construção
de uma escola para todos, assentado no princípio social da inclusão.
Isso implica em preparar os professores para que estejam
comprometidos com a aprendizagem e o desenvolvimento de seus alunos, atentos
para as diversidades de modo geral.
O perfil da formação do professor do ensino normal há de configurar se
em competências pedagógicas amplas e específicas, cujo prisma reporte a
responsabilidade do saber; a dinâmica conceitual da criticidade e praticidade do
saber fazer, que no bojo da flexibilidade metodológica do avaliar, estejam
compatíveis com a diversidade real do mundo sócio-educativo dos seus aprendizes.

Desse modo, entende-se que o ângulo da qualificação do profissional
do ensino normal requer uma prática educativa em que a cientificidade do
conhecimento esteja no intento de instrumentalizar o seu processo de ensino-aprendizagem
diante da própria perspectiva do aprender do aluno. Admite-se que,
para tais subsídios teóricos devam ser implementados os conteúdos curriculares,
previamente caracterizados nos eixos das disciplinas de ensino, conteúdos sobre
adequações de acesso a estes currículos, em nível de informações teóricas e
metodológicas que abordem temáticas sobre a educação especial e de educandos
com necessidades especiais.
As discussões que hoje permeiam o processo educacional de alunos
com necessidades educacionais especiais, voltam-se para que as ações educativas
se façam assentadas nos pressupostos de uma educação inclusiva, implicando na
formação de um professor cujo perfil de atuação seja compatível com a evolução
dos conceitos educacionais que hoje apontam para a educação desse segmento.



1 REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 O CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DO SURDO
Panorama Mundial
Faremos uma breve retrospectiva histórica da educação do deficiente
auditivo, usando como referencial teórico Goldfeld, (1997).
A educação das pessoas surdas, por muitos anos, desenvolveu-se de
forma preconceituosa. Houve um padrão consistente de evolução em que podemos
dizer, que o que prevaleceu foi a desigualdade social. As pessoas deficientes eram
destacadas por possuírem características divergentes daquelas instituídas pela
sociedade. Por exemplo, utilizavam termos como, “excepcional” como se explicasse
a diferença existente de um indivíduo para o outro.
Na antiguidade acreditava-se que as pessoas deficientes não podiam
ser educadas, pois eram consideradas como aberração da natureza, portanto foram
vários os períodos em que estas pessoas foram rotuladas de incapazes, não
podendo participar de qualquer tipo de vida “normal” a que regularmente passam as
outras pessoas da comunidade.
Sabe-se que nesta mesma época, era comum o extermínio de crianças
que nascessem deficientes. Existem relatos a respeito do tratamento que era dado a
essas pessoas. Não havia nenhuma preocupação com a educação ou qualquer
outra forma de socializar as pessoas deficientes.
Por volta de 335 d.C. aparecem importantes filósofos, como Aristóteles,
que acreditava que o pensamento era desenvolvido por meio da linguagem e da
mesma com a fala, e por isso afirmava que o “surdo não pensa, não pode ser
considerado humano”. (GOLDFELD, 1997, p.24).
No fim da Idade Média e início da Idade Moderna os surdos e todos os
tipos de deficientes passam a ser alvo de interesse pela parte médica e religiosa. É
importante lembrar que, nesta transição, o homem passou a ser visto como o centro
do Universo, uma vez que no período do “Humanismo Renascentista” com os
conceitos de amor à natureza, de amor ao corpo humano, firmou-se o pensamento
baseado no conceito de pessoa e de sua superioridade sobre as forças da natureza,
que desta forma trouxeram algumas mudanças na vida das pessoas surdas (SILVA,
1998, p.1).
Iniciou-se uma fase na vida das pessoas surdas, pois foi percebido que
elas podiam falar. Então começaram a surgir pessoas que eram contratadas para
ensinarem os surdos a falar e, aos poucos, também ensinavam-lhes a ler e a
escrever contradizendo as palavras de Aristóteles.
Muitas mudanças foram alcançadas, novos conceitos surgiram e, a
partir de um novo contexto, iniciam-se pesquisas e estudos sobre desenvolvimento
do deficiente auditivo.
Na década de 90, a partir da Declaração de Salamanca, as políticas de
diretrizes da Educação Especial começaram a mudar e passaram a ter subsídios na
proposta da inclusão.
Podemos encontrar nessa declaração a seguinte afirmação; o surdo
deve ser inserido de fato, para que possa ter sua cidadania respeitada (Declaração
de Sala manca, 1990, p.2). Por isso, acreditamos que é necessário a existência de
políticas efetivas.
Assim sendo, a inclusão do surdo só será possível quando forem
observadas suas necessidades especiais e que se estabeleça uma metodologia
específica que garanta sua relação, comunicação e o desenvolvimento de seus
valores sociais.

1.2 EDUCAÇÃO DO SURDO NO BRASIL:
A educação do surdo no Brasil, data do século passado, na década de
50, sob a Lei nº 839 de 26 de janeiro, assinada por D. Pedro I quando aconteceu a
fundação do Imperial Instituto dos Surdos. A fundação deste instituto deve-se ao
surdo chamado Ernesto Huet, francês, professor e diretor do Instituto. Quando
chegou ao nosso país, foi apresentado ao imperador, que facilitou a fundação do
Instituto Santa Terezinha em 15 de abril de 1829, oferecendo atendimento sócio pedagógico
No governo do Presidente Emílio Garrastazu Médici, priorizou-se a
melhoria do atendimento ao deficiente. Foi criado o (CENESP) Centro Nacional de
Educação Especial, extinguindo-se a Campanha Nacional da Educação dos Surdos.
É claro que precisamos estar atentos a todas as mudanças, pois os momentos
políticos, também demarcam muitas mudanças. Houve uma reestruturação dos
Ministérios e, como conseqüência, se reestruturou a (SEESP) Secretaria de
Educação Especial como órgão específico do Ministério da Educação e do Desporto.
Agora o cenário brasileiro depara-se com um novo paradigma o da
Inclusão Social dos portadores de necessidades especiais. Queria-se uma escola
para todos, sem distinção de sexo, raça, classe social. Surge a Escola Inclusiva que
está aberta para colher as diferenças, modificando, dessa forma, o cenário brasileiro.
Desde o Brasil Império, ficou estabelecido, na Constituição de 1824, esse direito e
assim começou uma nova jornada.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948 foi aprovado
pela Assembléia Geral das Nações Unidas, a qual afirma o princípio da não
discriminação e proclama o direito de toda pessoa à Educação. É dentro deste
contexto que a educação no Brasil abre “um leque” de encaminhamento, para
assegurar a todos sem discriminação o direito à educação. Com isso as
Constituições Brasileiras de 1967 e 1969, também levaram em consideração os
princípios da declaração citada.
A Declaração de Sala manca, documento resultante da Conferência
Mundial sobre necessidades educativas especiais (1994), ocorrida na cidade de
Sala manca A inclusão dos indivíduos portadores de necessidades educativas
especiais atualmente, no Brasil, é um desafio. Neste grupo enquadram-se na Espanha promoveu uma plataforma que afirma o princípio e a
discussão da prática de garantia de inclusão de crianças especiais, nestas iniciativas
bem como a jornada de seus lugares de direito, numa sociedade de aprendizagem.
Comungamos com a teoria sócio-interacionista, quando se reporta que
o aprendizado é propício através de uma interação de ações culturais em que o
aluno constrói aquisições de conhecimentos a partir de mediações educativas
advindas principalmente da escola, da família e de sua visão particular de mundo.
Independendo da sua perda auditiva o aluno surdo é capaz de realizar ações
inteligentes desde que lhes propicie um contexto interativo partindo de situações
significativas. Buscando e efetuando através de suas próprias experiências, é que o
aluno surdo efetivará o seu real aprendizado.
A inclusão do aluno surdo no ensino regular é, portanto, determinante
para o seu desenvolvimento enquanto partícipe de um contexto sócio-cultural, pois
valida o comprometimento do real propósito escolar. Sabemos que o aspecto
fundamental para o desenvolvimento do homem, principalmente quando reporta
déficits como o caso em estudo, já que implica grandes dificuldades de interação
devido o comprometimento da perda auditiva, pois esta acarreta pouca ou nenhuma
socialização com as pessoas ouvintes e, portanto, necessitam de intervenções
pedagógicas, familiares e sociais para ser agradável, necessária e socializadora, sua
participação com o mundo que o cerca.
Para tal, faz-se necessário o compromisso por parte da comunidade
escolar em adequar-se metodologicamente para com este aluno criando alternativas
de fazê-lo ingressar e permanecer no ambiente escolar de forma participativa,
comprometido com o seu desenvolvimento escolar sem nunca deixá-lo de perceber
diferente como é cada aluno deste ambiente diferenciado de valores que a escola
retrata, enquanto fatia de uma sociedade inclusiva a qual pretendemos formar.
Sendo assim, é de vital importância contextualizar conhecimentos com
toda a escola, seres docentes, técnicos e profissionais que diretamente fazem
dinâmica do funcionamento continuamente na evolução de seus aprendizes:
conhecimentos tais, acerca da deficiência auditiva, suas implicações e restrições
para a comunicabilidade oral e escrita, suas possibilidades e intervenções
psicopedagógicas com propostas de currículos viáveis ao aprendizado destes
portadores de necessidades especiais, como por exemplo, a língua de sinais,
bilingüismo, metodologias que vem contribuir em sua inserção acadêmica de fato, e
de efeito à perceber-se comum nas etapas ciclos de aprendizado, com direitos de ler
e escrever, expressar-se no tipo de linguagem por estes escolhidos no momento de
sua inclusão.
A inclusão representa, portanto um grande desafio para as escolas que
estão sendo chamadas para levar em conta a ampla diversidade das características
e necessidades dos alunos, adotando um modelo nele centrado e não no conteúdo,
com ênfase na aprendizagem e não, apenas, no ensino.
O princípio fundamental da escola inclusiva é de que os alunos sempre
que possível devem aprender juntos independentemente de suas dificuldades ou
diferenças. A idéia subjacente nesse princípio é a de que as escolas devem
adequar-se a todos os alunos, qualquer que seja sua condição física, social,
emocional, lingüística ou de outro tipo.
Nessa perspectiva, vários países, estão realizando uma profunda
revisão dos paradigmas que até então tem orientado a atenção dos alunos. Assim
tem-se reconhecido um novo conceito para as necessidades educativas especiais,
que embora esteja diretamente ligado a educação especial.
A educação especial não mais pode ser olhada como um sistema
paralelo à educação geral e sim dela faça parte como um conjunto de recursos
pedagógicos e de serviço de apoio, que facilitem a aprendizagem de todos esses
alunos incluídos no ensino regular.
1.3 EXPECTATIVAS DA FAMÍLIA QUANTO A INCLUSÃO DO DEFICIENTE
AUDITIVO
A construção da escola para todos implica em considerar (dentre
outros fatores), que perspectivas permeiam as famílias dos alunos surdos e refletir a
respeito, são esses agentes, além dos próprios surdos, os melhores indicadores das
necessidades e possibilidades que possuem pois lidam direta e cotidianamente com
eles.
De modo geral as decisões sobre as políticas educacionais e suas
diretrizes costumam ser tomadas sem envolver as famílias que efetivamente podem
contribuir e avaliar as propostas direcionadas para seus filhos. As práticas
segregativas que quase sempre caracterizam os atendimentos as pessoas surdas,
não podem se perpetuar com sua face estigmatizadora, pois é inaceitável que após tantas mudanças ocorridas no que concerne a direitos de cidadania, ainda que se
pratique a exclusão desses indivíduos.
O direito a ser incluído em todos os espaços sociais é um dos direitos
adquiridos para essas pessoas, não há força de lei que obrigue a família a optar pelo
que não deseje. O direito a inclusão é apenas isso: “um direito”.
As famílias vêm percebendo as mudanças ocorridas no panorama
educacional e começam a ter voz ativa na reivindicação de serviços qualificados
para seus filhos surdos. Por muito tempo essas famílias se viram sem voz
esperando que outros decidissem sobre o futuro educacional de seus filhos sempre
confiando na melhoria da próxima proposta e amargando derrotas e estigmas daí
advindos.
Embora esse panorama venha se modificando, com a conscientização
geral sobre os direitos do exercício da cidadania, é preciso que se auxiliem as
famílias das pessoas surdas a se perceberem como partícipes na implementação de
procedimentos que proporcionem a inclusão escolar de seus filhos no ensino regular
e sua participação ativa na sociedade.
A preocupação com essas questões nos levou do desenvolvimento
deste estudo com o propósito de analisar as atitudes dos pais frente a inclusão de
seus filhos deficientes auditivos no ensino regular.
1.4 O PAPEL DOS PROFISSIONAIS NO ÂMBITO DA INCLUSÃO:
O termo inclusão tão propalado nos dias atuais e para alguns, tão
diretamente ligado a educação, é algo tão antigo quanto a civilização pois inicia-se
com a vida. Posto ser um processo que busca compartilhar com os diversos
seguimentos da sociedade inúmeros serviços tais como saúde, educação, trabalho e
bem como outros benefícios sociais e culturais.
Assim se levarmos em consideração que o deficiente auditivo é tão
antigo quanto o homem e que no decorrer dos séculos o que variou foi a forma como
cada civilização se comportou diante do ser “diferente”, então passa a se observar
que o mesmo não precisa ser incluído, ele está incluído apesar de toda
discriminação do qual sempre foi vítima. Incluso em uma sociedade discriminadora e
preconceituosa, o deficiente auditivo assim rotulado passa a necessitar de auxílio
dos membros desta sociedade que o rejeita para sua sobrevivência o
desenvolvimento. Ou seja, passa a requerer de seus familiares, seus professores,
seus amigos, alguém que os oriente como lidar com um ser tão “excludente”.
Os professores comprometidos com a proposta da inclusão deve
acreditar no potencial desses alunos, no seu desempenho para que os mesmos
sintam-se úteis na sociedade.
2 METODOLOGIA
2.1 TIPO DE ESTUDO E ABORDAGEM DE PESQUISA
Trabalhamos dentro do enfoque qualitativo adotando estudo de caso,
como suporte para adquirir informações por intermédio dos professores, verificando
a qualidade do ensino aplicado aos deficientes auditivos, incluídos no ensino regular.
Pretendemos comprovar que um aluno com deficiência auditiva tem condições de
ser ensinado junto aos alunos ouvintes, analisamos e observamos a socialização
dos alunos surdos em sala de aula.
2.2 SUJEITOS DA PESQUISA
Os deficientes auditivos, os professores e o corpo técnico da escola.
2.3 LOCAL DA PESQUISA
O estudo foi realizado na EMAC“turma de5ªsérie onde foram matriculados os alunos surdos.
2.4 INSTRUMENTO
Foi aplicado um questionário com perguntas abertas para a coleta de
dados.
2.5 TRATAMENTO
Os dados foram analisados qualitativamente.
2.6 ETAPAS DA PESQUISA
Etapa 1
Foi aplicado questionário em anexo com questões para os professores,
com a finalidade de investigar o seu desempenho escolar.
Etapa 2
Foi desenvolvida dentro da sala de aula onde observar o
comportamento e desempenho e quais as suas maiores dificuldades, utilizamos um
roteiro para servir de guia.
O material coletado através dos questionários poderão ser
apresentados em forma de cartaz. O material das entrevistas foi analisado a partir de
suporte bibliográfico.
Apresentamos unidades de registros significativos, que poderão advir
dos registros de observação, bem como as entrevistas.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
1. Considerando o processo de inclusão do aluno surdo em sua sala de aula, você
tem dificuldade para desenvolver suas atividades? Quais?
S1- Tenho 2 alunos surdos que ainda estão no processo de alfabetização. A
dificuldade maior é a falta de um canal de comunicação, pois eu não conheço a
linguagem do surdo.
S2- Sim, porque não domino a língua de sinais, único meio de poder se comunicar
com o aluno, e ainda mais, o professor precisa ter uma certa experiência, um certo
conhecimento para lidar com o surdo.
As duas professoras apresentam falta de preparo para atuarem junto
ao aluno surdo, devido à falta de comunicação oral do educando as duas, no
mínimo, deveriam ter conhecimento da língua de sinais para que o aprendizado não
seja prejudicado.
2. Qual a sua opinião em relação à inclusão dos alunos surdos no ensino regular?
S1- Todos somos cidadãos com direitos e deveres, portanto devemos conviver
juntos. O aluno surdo, deve fazer parte do contexto social, o surdo não deve ficar
mais isolado na classe especial.
S2- É um problema muito delicado, precisa ser resolvido com mais carinho,
sinceramente não aceito.
Enquanto a 1ª professora concorda com a inclusão social do aluno
surdo, dando a oportunidade a este educando de ter uma vida mais participativa e
digna, não impondo-lhe restrições ao exercício da cidadania plena de forma
igualitária e democrática. A 2ª professora é a favor desta restrição, talvez até pelo
seu despreparo no atendimento do discente surdo colocando-o em situação
diferente da população geral.
3. Como você percebe o relacionamento entre os alunos surdos x ouvintes na sala?
S1- Eles têm uma boa convivência, são amigos, procuram estar sempre juntos,
ajudando os colegas nas suas atividades.
S2- Alguns, tem preconceito, outros procuram ajudar nas atividades que estão sendo
trabalhadas.
Apesar de haver diversidade de uma pequena parte dos alunos da
classe, observamos que a maior parte tem um bom relacionamento com os colegas
surdos, procurando colaborar com os alunos facilitando assim a convivência entre
eles.
4.Você se sente preparada para atuar nessa nova realidade social? Por quê?
tantas mudanças ocorridas no que concerne a direitos de cidadania, ainda que se
pratique a exclusão desses indivíduos.
O direito a ser incluído em todos os espaços sociais é um dos direitos
adquiridos para essas pessoas, não há força de lei que obrigue a família a optar pelo
que não deseje. O direito a inclusão é apenas isso: “um direito”.
As famílias vêm percebendo as mudanças ocorridas no panorama
educacional e começam a ter voz ativa na reivindicação de serviços qualificados
para seus filhos surdos. Por muito tempo essas famílias se viram sem voz
esperando que outros decidissem sobre o futuro educacional de seus filhos sempre
confiando na melhoria da próxima proposta e amargando derrotas e estigmas daí
advindos.
Embora esse panorama venha se modificando, com a conscientização
geral sobre os direitos do exercício da cidadania, é preciso que se auxiliem as
famílias das pessoas surdas a se perceberem como partícipes na implementação de
procedimentos que proporcionem a inclusão escolar de seus filhos no ensino regular
e sua participação ativa na sociedade.
A preocupação com essas questões nos levou do desenvolvimento
deste estudo com o propósito de analisar as atitudes dos pais frente a inclusão de
seus filhos deficientes auditivos no ensino regular.
1.4 O PAPEL DOS PROFISSIONAIS NO ÂMBITO DA INCLUSÃO:
O termo inclusão tão propalado nos dias atuais e para alguns, tão
diretamente ligado a educação, é algo tão antigo quanto a civilização pois inicia-se
com a vida. Posto ser um processo que busca compartilhar com os diversos
seguimentos da sociedade inúmeros serviços tais como saúde, educação, trabalho e
bem como outros benefícios sociais e culturais.
Assim se levarmos em consideração que o deficiente auditivo é tão
antigo quanto o homem e que no decorrer dos séculos o que variou foi a forma como
cada civilização se comportou diante do ser “diferente”, então passa a se observar
que o mesmo não precisa ser incluído, ele está incluído apesar de toda
discriminação do qual sempre foi vítima. Incluso em uma sociedade discriminadora e
preconceituosa, o deficiente auditivo assim rotulado passa a necessitar de auxílio
dos membros desta sociedade que o rejeita para sua sobrevivência o
desenvolvimento. Ou seja, passa a requerer de seus familiares, seus professores,
seus amigos, alguém que os oriente como lidar com um ser tão “excludente”.
Os professores comprometidos com a proposta da inclusão deve
acreditar no potencial desses alunos, no seu desempenho para que os mesmos
sintam-se úteis na sociedade.
2 METODOLOGIA
2.1 TIPO DE ESTUDO E ABORDAGEM DE PESQUISA
Trabalhamos dentro do enfoque qualitativo adotando estudo de caso,
como suporte para adquirir informações por intermédio dos professores, verificando
a qualidade do ensino aplicado aos deficientes auditivos, incluídos no ensino regular.
Pretendemos comprovar que um aluno com deficiência auditiva tem condições de
ser ensinado junto aos alunos ouvintes, analisamos e observamos a socialização
dos alunos surdos em sala de aula.
2.2 SUJEITOS DA PESQUISA
Os deficientes auditivos, os professores e o corpo técnico da escola.
2.3 LOCAL DA PESQUISA
O estudo foi realizado na EMAC“turma de5ªsérie onde foram matriculados os alunos surdos.
2.4 INSTRUMENTO
Foi aplicado um questionário com perguntas abertas para a coleta de
dados.
2.5 TRATAMENTO
Os dados foram analisados qualitativamente.
2.6 ETAPAS DA PESQUISA
Etapa 1
Foi aplicado questionário em anexo com questões para os professores,
com a finalidade de investigar o seu desempenho escolar.
Etapa 2
Foi desenvolvida dentro da sala de aula onde observar o
comportamento e desempenho e quais as suas maiores dificuldades, utilizamos um
roteiro para servir de guia.
O material coletado através dos questionários poderão ser
apresentados em forma de cartaz. O material das entrevistas foi analisado a partir de
suporte bibliográfico.
Apresentamos unidades de registros significativos, que poderão advir
dos registros de observação, bem como as entrevistas.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
1. Considerando o processo de inclusão do aluno surdo em sua sala de aula, você
tem dificuldade para desenvolver suas atividades? Quais?
S1- Tenho 2 alunos surdos que ainda estão no processo de alfabetização. A
dificuldade maior é a falta de um canal de comunicação, pois eu não conheço a
linguagem do surdo.
S2- Sim, porque não domino a língua de sinais, único meio de poder se comunicar
com o aluno, e ainda mais, o professor precisa ter uma certa experiência, um certo
conhecimento para lidar com o surdo.
As duas professoras apresentam falta de preparo para atuarem junto
ao aluno surdo, devido à falta de comunicação oral do educando as duas, no
mínimo, deveriam ter conhecimento da língua de sinais para que o aprendizado não
seja prejudicado.
2. Qual a sua opinião em relação à inclusão dos alunos surdos no ensino regular?
S1- Todos somos cidadãos com direitos e deveres, portanto devemos conviver
juntos. O aluno surdo, deve fazer parte do contexto social, o surdo não deve ficar
mais isolado na classe especial.
S2- É um problema muito delicado, precisa ser resolvido com mais carinho,
sinceramente não aceito.
Enquanto a 1ª professora concorda com a inclusão social do aluno
surdo, dando a oportunidade a este educando de ter uma vida mais participativa e
digna, não impondo-lhe restrições ao exercício da cidadania plena de forma
igualitária e democrática. A 2ª professora é a favor desta restrição, talvez até pelo
seu despreparo no atendimento do discente surdo colocando-o em situação
diferente da população geral.
3. Como você percebe o relacionamento entre os alunos surdos x ouvintes na sala?
S1- Eles têm uma boa convivência, são amigos, procuram estar sempre juntos,
ajudando os colegas nas suas atividades.
S2- Alguns, tem preconceito, outros procuram ajudar nas atividades que estão sendo
trabalhadas.
Apesar de haver diversidade de uma pequena parte dos alunos da
classe, observamos que a maior parte tem um bom relacionamento com os colegas
surdos, procurando colaborar com os alunos facilitando assim a convivência entre
eles.

4. Como você vem trabalhando a linguagem oral, escrita e a de sinais na sala de
aula?
S1- Em minha classe, estou trabalhando a linguagem oral e escrita, tentando
desenvolver algumas atividades em língua de sinais pois tenho muita dificuldade em
repassar os assuntos que estão sendo dados na minha aula.
S2- Normal, não sei língua de sinais, acho muito difícil falar com as mãos, passo as
atividades normalmente para todos os alunos, falo normalmente não dá para fazer
sinal durante as aulas, uma vez que não sei usar este método.
Verificamos que é preciso haver um projeto político-pedagógico que
reconheça as diferenças e garanta a construção de uma escola para todos,
assentado no princípio social da inclusão e que prepare o professor para que esteja
comprometido com a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos com deficiência
auditiva.
5. Como você se comunica com seus alunos surdos?
S1- De maneira normal, tento fazer com que os alunos surdos, percebam o que
estou querendo transmitir para eles.
S2- Falo normalmente como já disse, sento de frente para eles perceberem o que
estou querendo dizer, mas é muito difícil para eles entenderem as minhas palavras,
as vezes fico preocupada, ansiosa, nervosa e até triste por sentir toda essa
dificuldade em trabalhar com esses alunos.
A inclusão é um grande desafio e estas professoras estão dando sua
contribuição e enfrentando este desafio, aceitando o ingresso e permanência do
educando surdo no ambiente escolar, tratando-o de maneira igual aos outros, já que
o princípio fundamental da escola inclusiva é de que todos os alunos sempre que
possível devem aprender juntos independente de suas dificuldades ou diferenças.
CONCLUSÃO
A nossa a minha proposta inicial permanece vivida, ao final do estudo a que nos propus e que resultou neste Trabalho de colusão de período, posto que aqui
apenas fiz uso de leitura e pesquisas em relação a inclusão social do
surdo. Tendo como base, teóricos renomados com os quais, tenho o prazer de
compartilhar dos mesmos ideais.
Ressalta-se a contribuição do professor de sala de aula que tem papel
fundamental nesse processo que lida diretamente com o aluno surdo. Para que a inclusão do aluno surdo avance, é imprescindível que haja o esclarecimento para os alunos ditos normais, para os familiares e toda comunidade escolar. Quando se tem
um projeto que nos mobiliza tanto quanto este, passamos a admitir que quem
acredita nele e nutre uma certa desconfiança por aqueles que ainda não se sentem totalmente mobilizados para tal.
Espero que no futuro, o valor das pessoas surdas, seja realmente
reconhecido e aquilo que está sendo ofertado, a ele no presente, seja efetivado de forma global e irrestrita, ou melhor, que não seja só da “boca para fora”, posto que os mesmos já perderam muito do seu tempo, sendo segregados durante anos em escolas especializadas que só serviram de pano de fundo para a grande
discriminação que assola o país, além de não acrescentarem em nada o seu
processo de desenvolvimento enquanto pessoa ou como cidadão. Então não é justo que a inclusão faça o mesmo.
Muitas de minhas colocações mais que afirmações são hipóteses que
submetemos a crítica, sobretudo sabendo o muito de criticável que tem o tema. É justamente por sabermos que o tema é um campo polêmico que tive o cuidado
de não escapar dele, e sim de entrar profundamente em seu mundo para melhorar.



BIBLIOGRAFIA
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necessidades especiais. In Revista Leopoldianum. Santos, São Paulo:
Universitária, 1998.
GOLDFELD, Márcia. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva
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